O Cerrado - Agosto/2001
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Um Forte Abraço da Equipe de O Cerrado.
Fique Ligado!SER ESCOTISTA
Ser Escotista é ser artista, malabarista, passista equilibrista, pintor, escultor, doutor, é ser professor.
É ser mãe, pai, irmão, irmã, avô, avó...
Só???
É ser palhaço, estilhaço, espantalho, bagaço...
Psicólogo, musicólogo...
É ser ciências, é ser ação...
Para uns é Cristo, para outros, demônio. Para este malquisto, para aquele, um sonho...
É ser bússola, é ser farol, é ser luz, é ser sol.
Impele para o bem, impele para o mal...
Incompreendido?? ... É muito.
Definido?? ... Nunca.
Seu filho acertou?? ... Claro é um gênio.
Seu filho errou?? ... O chefe não ensinou.
Pra que serve o escotista? É vício ou vocação?
É uma coisa e outra.
É ter nas mãos o mundo de amanhã.
É ter nas mãos o mundo e não ter nada.
Amanhã os meninos saem do grupo ou trocam de ramo...
E ele, o chefe, de mãos vazias, tendo partido o coração, olhos voltados para a sua estrela guia, esperando novas pestinhas.
Para transforma-los em homens, homens que cumprirão com seus deveres, deveres para com Deus, com sua Pátria, seu próximo e consigo mesmo.De repente surgem novos olhinhos ávidos de conhecimento...
E ele, o chefe, o líder vai desejando com ternura, o saber, a orientação, nas cabecinhas novas, que luzirão no firmamento da Pátria.
Fica a saudade... A amizade...
E a satisfação de um pedaço da missão cumprida.
O pagamento real? Só na eternidade;
Até logo!! ESCOTISMO, ESCOLA DA VIDA.
Que o espírito de Baden-Powell acompanhe a todos nós para que possamos realizar grandes atividades, até que todos nos encontremos no eterno acampamento.
Que o dia do Chefe Escoteiro seja comemorado por você e sua seção, por muitos anos, certos do bom trabalho que desenvolvem junto aos jovens.
Autor Desconhecido
Gentilmente enviado por Luiz Alexandre F. Ferro (Luizinho)
“Em época de ‘Apagão’, desligue a televisão!”
Por Clóvis Henrique
Apocalíptico! Foi assim que um amigo me chamou quando em um domingo de inverno eu não estava agüentando mais os programas de TV. É! Talvez eu realmente seja meio apocalíptico, ou melhor, creio que sou apocalíptico e meio quando o assunto é televisão. O mesmo amigo me explicou que uma teoria da sociologia da comunicação distingue duas posturas em relação à mídia: as pessoas podem ser integradas ou apocalípticas. As primeiras são as que recebem tudo de forma passiva e as segundas as que questionam e não aceitam a programação (entenda programação como conteúdo e ato de programar máquinas). Segundo especialistas, o ideal é o meio termo. Bem... Temperança. Esta é a palavra que deveria regular as relações entre os produtores e nós consumidores dos enlatados “midiáticos”. No entanto, não resolve apenas o bom senso do lado de cá da telinha, precisamos de comunicadores conscientes do papel social que seus “veículos” deveriam possuir. “Em época de ‘Apagão’, desligue a televisão!” Se esse slogan vigorasse, a crise energética teria um lado positivo. Provavelmente você está pensando que estou sendo radical, mas em certos casos é necessário tomarmos partido. E como seria diferente se nós telespectadores, consumidores, cidadãos nos manifestássemos. É isto estou fazendo aqui, mas gostaria também de dizer que existe a comunicação bem feita. É possível conciliar audiência à qualidade? Sim! A não ser que fique provado que nós gostamos de programas ruins. E o que é ruim? Digamos que seja aquilo que não mostre a realidade dos fatos, que manipule os menos instruídos e tudo que menospreze valores e cultura. É mais fácil fazer coisas mal feitas, mas é possível trabalhar de forma criativa e inovadora. E como disse: parabéns a quem faz comunicação de forma séria e comprometida com a sociedade. E sabe como nós podemos colaborar com o ganho de qualidade na mídia? Participando, questionando e, quando necessário, boicotando certos produtos que mais deformam que formam cidadãos. Enfim, antes que você seja o programado, participe, questione e comece a usar um instrumento poderosíssimo: o controle remoto. A InvençãoPor Marcelo Xaud
Névoas de um novo mundo começam a se dissipar. Onde tudo era branco e indefinido, as formas já se mostram. Indiferentes ao tempo, sempre estiveram lá. Só não havia quem a olhasse, quem a procurasse. Grandes acidentes já aconteceram por causa dela. Muitos feridos, incontáveis mortos. E ainda assim nada era feito para deter sua influência. A luz continuava sucumbindo à dispersão e nos olhos dependentes ela não criava formas, só confusão. Mas isso até hoje. Um grande cientista anunciaria que a neblina estava com seus dias contados. Polícia Rodoviária e, claro, os motoristas e passageiros, exultariam. Nunca mais os famosos “engavetamentos” em estradas congestionadas. E tudo isso porque o referido gênio usou a simplicidade. Ele criaria um dispositivo sônico que emitia suas ondas numa freqüência tal que as minúsculas partículas de água em suspensão iriam vibrar. Nessa vibração, elas começariam a se agitar e a bater umas nas outras. Dessa forma, gotas cada vez maiores (e mais pesadas) formariam chuva. Rapidamente a neblina seria transformada em uma fina garoa. “Mas e a água de rios, caixas d’água e seres vivos? ” – perguntariam os receosos. “A onda não tem energia suficiente para movimentar volumes maiores que uma pequena gota de água” – diria o proeminente cientista. “Ufa!” – comentariam os críticos. A única coisa que o cientista negar-se-ia, e com razão, a divulgar era a exata freqüência para que ocorresse o milagre. “Top Secret” afirmaria em tom de deboche. Mas isso não ocorreu. O cientista existia. A idéia também. Até o aparelho que geraria tal fenômeno também estava à disposição. Mas o cientista era paulista e achava muito perigoso andar em São Paulo com neblina. A idéia surgiu na cabeça de um singelo repentista de Pernambuco, experiente e conhecedor do efeito físico “ressonância”. E um equipamento semelhante já havia sido desenvolvido na Universidade de Roraima, onde a grande umidade às vezes não gerava chuva. Só não existiu a troca de informações. Seja pela arrogância dos “doutos”, pela humildade dos homens do campo, pela visão excessivamente centrada dos idealistas ou pela comunicação deficiente. Cada um deles seria responsável por um simples e útil invento. Mas não foram responsáveis... E será que é mesmo preciso ir tão longe? Hoje mesmo coisas como essas ocorrem. Diante dos nossos narizes grandes idéias deixam de ser colocadas em prática. E muito mais são sub-aproveitadas... Notícias não divulgadas, planos não testados, projetos excessivamente fechados. Enfim, dezenas de exemplos de neblina. Todos esses aspectos se tornaram a cortina que impediu os olhos de cumprir sua missão. Enxergar as verdadeiras formas, de apreciar a perfeição dos traços. Que olho não quer romper a cerração e ver o belo? Ei, irmãos! Que neblina nos impede de ver? Ela existe e é bem espessa no Brasil. Um exemplo: Onde está a beleza do Plano 2001 e da Insígnia do Voluntariado? Temos todas as ferramentas... Mas queremos a invenção?Escotismo e Voluntariado
Por Danilo Pires Somos o maior movimento voluntário do mundo. Você já parou para pensar o que isso significa? O que a sociedade espera dos escoteiros? Qual a nossa responsabilidade social? Bom, vamos começar pela definição. O voluntário é um grande agente de mudanças e melhorias na comunidade e sua força não está no tamanho das soluções individuais, mas na soma dos êxitos. É um trabalho de qualidade e responsabilidade feito com prazer, nascido de um sentimento de participação e solidariedade. São indivíduos que doam tempo, trabalho e talento por um mundo melhor. Podemos recorrer ao fundador do movimento, para ver que o escotismo, em sua essência, é justamente essa busca por um mundo melhor. "Se queremos que nossos rapazes sejam felizes na vida, devemos fazer com que eles assimilem o costume de praticar o bem ao próximo, além de ensinar-lhes a apreciar as coisas da natureza”.(Baden-Powell). Qual jovem ou adulto escoteiro, com certo tempo de atividade, nunca foi abordado com a pergunta: "Mas... O que vocês fazem mesmo nesse escotismo”? Que tal responder que é um trabalho para formar melhores cidadãos. Que sonhamos com um mundo melhor e que principalmente, fazemos nossa parte para que isso ocorra. Desde o começo, no Ramo Lobinho, a criança aprende a fazer o seu melhor possível. Durante seu desenvolvimento o jovem começa a se dar conta de seus deveres para com Deus e com a pátria. Descobre na ajuda ao próximo em toda e qualquer ocasião e na obediência às leis escoteiras sua interação com a comunidade. Neste caminho para assumir seu próprio desenvolvimento, chega ao Servir Pioneiro. Os membros adultos, no movimento atualmente considerado de jovens e para jovens, são colaboradores voluntários. Sua importante função é a de serem facilitadores para efetividade do Movimento Educacional que é o Escotismo. É esse então o papel social que temos de assumir e mostrar aos nossos jovens. Um Movimento que forma cidadãos e ajuda-os a descobrir seu papel na comunidade.Pensar não dói
Por Clóvis Henrique
No dia 8 de agosto Gabriel O Pensador esteve em Brasília para uma roda de leitura sobre seu livro Diário Noturno. Gabriel, sempre natural e autêntico, mas sem deixar de lado a sua marca de provocador e contestador brindou os presentes(o teatro onde aconteceu a roda de leitura estava completamente lotado) com alguns de seus poemas e textos. Iniciou o encontro contando que sempre gostou de escrever, disse que era uma espécie de fuga da timidez. Desde cedo escrevia o que vinha à cabeça como forma de expressão e como meio de encontrar-se consigo mesmo. Unindo o gosto pela literatura e pela música surgiu a vontade de expressar seus pensamentos através do RAP. Contou-nos que uma de suas primeiras músicas ele compôs e cantou quando, na faculdade de comunicação, pediu a palavra em um debate sobre racismo. Mesmo admitindo que "o simples normalmente é complicado de explicar" nos mostrou quão gostoso e proveitoso pode ser esse amor pelas letras. O Pensador falou de algumas das histórias dos poemas que recitava. Disse também que a palavra pode ser uma poderosa arma contra as mazelas sociais, como fica claro neste trecho de seu livro:"Sei que eu não posso mudar o mundo sozinho
Mas com a ajuda dos outros, quem sabe eu mudo um pouquinho?
Sei que eu não mudo o poder que manda no mundo
Mas com a ajuda da sorte, quem sabe eu não me confundo?
Sei que eu não mando na voz que cala de medo
Mas com a ajuda do mudo, quem sabe eu conto o segredo?
Sei que não conto com todo o mundo no canto
Mas com a ajuda do coro, quem sabe eu calo esse pranto?
Ao final foi aberto espaço para as perguntas da platéia e alguém perguntou sobre o que fazer com os problemas do mundo, se a cada dia parece que as coisas ficam mais difíceis e nos desiludimos mais. Ele respondeu que não podemos parar de lutar por um mundo mais justo e humano. O importante é cada um fazer sua parte e a dele é contribuir para a reflexão da realidade, mas que não podemos só falar, precisamos fazer. Eu realmente achei a oportunidade interessantíssima e proveitosa ainda mais vendo o público, em sua maioria jovens, interessado e preocupado em perceber o que realmente dizem as letras e textos do Pensador. Como dizia um panfleto do evento: "Uma boa oportunidade para refletirmos o verbo pensar, este fantástico exercício intelectual que independe de idade, sexo e lugar e que, além de imprescindível para a transformação do mundo ou de qualquer pessoa, quase sempre pode ser muito divertido." Discordo da "música"... "um tapinha não dói". E digo que pensar é que não dói. É isso aí. Vamos que vamos! Transformar palavras em atitudes!Pensar enlouquece... Pense!
“Que máquina estranha é o homem. Você o abastece com pão, vinho, peixe e rabanetes e o que sai são suspiros, risadas e sonhos.”Nikos Kazantzakis
“A gente foge da solidão quando tem medo dos próprios pensamentos”.Érico Veríssimo
“Estamos todos deitados na sarjeta, mas alguns estão olhando para as estrelas”.Oscar Wilde
Você é capaz? Resposta do último desafio: Lembram do desafio passado? Faz tanto tempo, né? Bom, ele era sobre um grupo de cacha... Desculpem; pioneiros, reunidos em um bar antes do Mutirão. Eles estavam em um dilema proposto pelo chefe que os acompanhava. Três sentenças, formadas de palitos, deviam ser tornadas verdadeiras com a movimentação de apenas um palito. Sem mais delongas, vamos à resposta: Deixando as sentenças assim: Facílimo! Nesta edição o desafio é sobre letras, confira:&ƒã¼è
E as dicas para decifra-la eram: “1. A chave é um nome; 2. As sílabas NA, EM, TA, MI, ES, TD e DE estão cifradas à baixo, fora de ordem:è& èÉ ¼X ƒ &ã Xè ¼ƒ”.
E aí, esta mensagem vai atrapalhar seu jogo?Retirado da revista Super Interessante ref. Julho/2001
E então? Mais alguma pergunta?
Ruim de dar dó! Um homem entra na sapataria e pede um par de sapatos número 39. Estranhando, a vendedora pergunta se é para ele mesmo. “O senhor parece calçar 42” diz ela. O homem olha bem para a vendedora e responde: - Minha mulher é uma bruxa, meu filho é drogado, minha sogra vive lá em casa, meu salário é uma porcaria e meu carro não funciona. Minha única alegria é chegar em casa de noite e tirar os sapatos apertados. Por favor, traga o 39! Uma turista conversa com um guia: - Este lugar é mesmo saudável? Pergunta a visitante. - Uma beleza – responde o guia – Quando cheguei aqui não falava uma palavra, quase não tinha cabelo e não podia dar um passo! - Puxa, e a quanto tempo você está aqui? - Bem... desde que nasci. Mãe e filha conversam: - Mamãe, é Deus quem nos dá o pão de cada dia? - É sim, filhinha! Responde a mãe. - É o Papai Noel quem nos dá presentes no Natal? - Claro. - Foi a cegonha que me trouxe? - Foi sim, minha filha. - Hum... Então para que serve o papai? Erratas Na edição passada, cometemos os seguintes erros: 1. Na matéria “Jamboree Mundial” o título saiu com ‘Jamborre’; 2. Ainda na matéria “Jamboree Mundial” o nome da atividade apareceu como ‘Jambore’; 3. Na seção “Você é Capaz”, o quadro que apresentava a conta com palitos deixou de fora dois deles. Os dois complementavam o número 9 e deviam aparecer como os últimos palitos na horizontal; 4. Na crônica “O Sanduíche” a palavra constrangida foi trocada por ‘constrangiada’. E o nome da capital do Chile foi escrita como San Tiago. O nome veio mesmo da Bíblia, mas a grafia correta é Santiago. Eu, hein! Acampamento EscolarPor Carolina Torres
Nessas férias de julho aproveitei para pescar com minha família, fui ao cinema, ao clube e teve até alguns dias que dormi um pouco mais. Entre todas as coisas boas que eu fiz a novidade foi o primeiro acampamento escolar, que aconteceu entre os dias 25 e 28 de julho. O acampamento foi uma parceria da União dos Escoteiros do Brasil com os Amigos da Escola, SESI, SESC além de outras Organizações. Quatro dias que fazem a diferença - esse foi o tema do acampamento, e foi realmente isso que tentamos fazer. Durante os quatro dias, nós monitores convivemos com meninos e meninas, todos alunos de escolas públicas de várias cidades satélites do Distrito Federal. Nossas atividades foram feitas através de módulos. Tentamos tornar os evento o mais dinâmico possível: a cada roda de canção, tínhamos a impressão de que realmente estávamos fazendo a diferença para aqueles jovens, que na sua maioria, nunca tinham tido a oportunidade de conhecer de perto o Movimento Escoteiro. Também não foi só isso, teve a troca de experiências, ao mesmo tempo em que ensinávamos algo aprendíamos coisas com eles. Algumas coisas, como em todo evento desse tipo, não deram tão certo, mas com certeza servirá para planejar um próximo encontro. Mas sem dúvida valeu a pena todo o nosso esforço e cansaço. Parabéns para todos os participantes! AcampamentoPor Marcelo Xaud
Uma festa. É só o que mereceria ser dito. Os Acampamentos Escolares foram uma grande festa. E com tudo que uma comemoração tem direito: momentos felizes, brigas, comida, gente reclamando, gente alegre e feliz, bagunça, organização e casa cheia. Durante quatro dias a sede da UEB-DF esteve lotada. Apinhada de meninos de todas as idades e de diversas escolas públicas. Mesmo não tendo a oportunidade de estar como escotista de uma das diversas Tropas, a base de jogos foi uma boa oportunidade de trabalhar com todos aqueles jovens. Cheios de energia, questionadores, interessados, aqueles que chegavam com disposição para participar recebiam de presente um momento para falar, criticar, elogiar. Obviamente este não era o objetivo principal, a experiência de vida riquíssima daqueles jovens era o gancho que precisávamos para convida-lo a brincar. Isto mesmo, brincar. Afinal, para que servem mesmo os jogos? Claro que nem todas as “rodadas” produziram o mesmo efeito. Mas saibam que todos foram muito produtivos. Lidar com a adversidade é um ótimo treinamento... Motivar jovens que nunca tiveram contato com o movimento, pedir desculpas pelos excessos cometidos, ouvir. Parecia que estávamos ali para curar da forma mais simples de todas as mazelas do mundo. E olhando as caras com expressão cansada se animarem para apresentar um dos melhores Fogos de Conselho que a maioria dos experientes escotistas já viu trouxe uma certeza. Não curamos, mas fizemos a nossa parte... Que venha outro quebra-cabeça!Equipe de O Cerrado:
Ramo Escoteiro - Carolina Torres. Ramo Sênior - Paula Barreira. Ramo Pioneiro – Clóvis Henrique e Danilo Pires. Colaboradores - Jefferson Matos, Marcelo Xaud e Thiara Torres.