O Cerrado - Agosto/2000
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Um Forte Abraço da Equipe de O Cerrado.
É chegado o tempo da festa do aniversário de nosso grupo. Nesta data tão importante, nós do Jornal O Cerrado aproveitamos para fazer uma breve reflexão sobre valores, conquistas (algumas vezes acompanhadas de perdas) e sobre o que os Grupos representam para seus integrantes. O plural é necessário nesse caso, pois não importa a cidade ou país, os sentimentos “desenhados” aqui são universais.
Quando se trabalha com diferentes mentes e corações, não resta dúvida ser árduo o trabalho de tirar conclusões sobre uma “família” tão heterogênea. Não estamos equivocados ao falar família, afinal irmão escoteiro você pertence a uma fraternidade mundial. É na conquista do dia a dia que o Escotismo se revela fascinante, e tenha certeza que a frase “mais escoteiros melhores cidadãos” é um objetivo conquistado com pequenos passos. Pequenos? Sim. Porque são gradativos. Desde as Pegadas de um Lobinho até um Servir Pioneiro o jovem se modifica bastante na caminhada!
Uma comparação muito interessante é a do escotismo funcionar como uma das pernas de um tripé. Esta perna tem a função ajudar a sustentar os outros segmentos da vida (família, sociedade, escola, religião, etc). Quantos problemas enfrentamos, quantas dores e perdas... Mas temos nessa fraternidade as duas outras pernas do tripé, grandes amigos e grande pessoas.
Grandes amigos, muitos de infância. Pessoas nas quais se pode confiar, pessoas que aprendemos a gostar. E esta relação por ser tão confidente é tão especial! Grandes pessoas, exemplos que estão a nossa frente. Estes compartilham suas experiências e nos apontam caminhos a seguir.
“Um por todos/Todos por um”. Este verso mostra a importância dos membros, tanto adultos como juvenis. Se não entramos no mérito de nomes porque são tantas as pessoas importantes que encontramos pelo caminho, que não julgamos digno esquecer um nome, esquecer um integrante. Lembre-se o mundo é constituído de grande cidadãos anônimos e sem dúvida trabalhamos em equipe para sê-los.
Depois de tantas lutas, hoje temos expressivo reconhecimento e podemos nos sentir orgulhosos de fazer parte do Marechal Rondon e principalmente, do escotismo. Ao exemplo do trabalho desbravador de nosso patrono, interligamos pessoas a uma complementação educacional.
O fogo, que fez arder a nossa antiga sede, hoje sem dúvida aquece nossos corações! Parabéns Grupo Escoteiro Marechal Rondon, continue a ser exemplo e força! Porque “O Sonho, quando é forte, não morre!”
Fique Ligado!
10/08 – Aniversário do GE Marechal Rondon
13/08 – Dia dos Pais
19 e 20/08 – Acampamento de Graduados
26/08 – Jantar Festivo do GE Marechal Rondon
Manual de Instruções...
Como fazer (quase) tudo!
Aí vão algumas dicas para quando você chamado para fazer parte de um programa de televisão e tiver que fazer comida no meio do mato...
Para não molhar a caixa de fósforos, ou os fósforos: derreter uma vela, mergulhar a caixa e os palitos de fósforos na cera de vela liquefeita. Retirá-los de dentro do líquido e deixar secar (separadamente). Arrumar a caixa novamente. Para usar, basta desbastar levemente a cabeça dos fósforos e o lado da lixa na caixa, e usa-los.
Antes de usar panelas na mata: passar sabão pelo lado de fora e embaixo da mesma, pois na hora de lavar, as partes pretas sairão facilmente.
Fazer fogo: A lupa ou lente o ajudará a fazer fogo, desde que você coloque-os voltados para o sol e em cima de uma folha de papel ou graveto fino. E para “guardá-lo” por algumas horas ou mesmo para o dia seguinte, cubra-o com as próprias cinzas. Retirando-as mais tarde e assoprando, o fogo reacende sozinho.
Relato de Atividade
AJURI
O encontro regional de grupos escoteiros do DF - AJURI - aconteceu nos dias 13,14,15 e 16 de julho no Parque de Exposições da Granja do Torto. O grande encontro, o verdadeiro significado da palavra indígena AJURI, reuniu 10 grupos escoteiros de Brasília e de todo o entorno, num total de aproximadamente 400 jovens e escotistas.
Deveria acontecer um acampamento grandioso como este a cada 4 anos, mas devido a algumas dificuldades, o AJURI ressurge depois de 6 anos, superando as expectativas de participantes.
Escoteiros de todos os grupos e de idades variadas se reuniram por um ideal comum. Juntos num gesto de tamanha solidariedade promoveram a cultura pela Paz em suas atividades, buscando sempre a integração de seus membros .
Junto com a promoção pela Paz, o AJURI, tinha como motivo de comemoração os 10 anos de criação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Com direito a uma pequena cerimônia no Palácio da Justiça, contando com a participação de alguns membros do movimento escoteiro. Nela foi entregue ao Secretário Nacional dos Direitos Humanos, Embaixador Sabóia, um manifesto em apoio ao Estatuto O movimento escoteiro de Brasília mostrou a verdadeira preocupação com seus jovens e com todos os demais do país, perante a situação de miséria e marginalidade em que se encontram. Na cerimônia, divulgou-se a preocupação do escotismo com causas sociais, mostrando a capacidade que um membro juvenil tem par fazer um mundo melhor.
No campo, as 10 tropas se dividiam em apenas 2 sub-campos, para uma integração maior: Alvorada e Planalto
Para dar início a essa grande reunião, pára-quedistas multicoloridos desciam do céu, numa harmonia agradável aos olhos. Cada um simbolizava um grupo escoteiro, representado por sua bandeira, vinda dos ares para ser hasteada nos estandartes da Granja onde permaneceria durante os 4 dias de acampamento.
As atividades eram divididas em bases, num total de cinco. Cada uma proporcionava um universo de sensações, de conhecimento, de aprendizado e sobretudo, amadurecimento.
Devidamente trajados, os escoteiros conheceram os estandes da 52ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência(SBPC) localizados na Universidade de Brasília. Desta maneira puderam estar um pouco mais informados dos assuntos e das curiosidades ligadas ao campo científico.
Uma outra base bastante interessante, e também ligada ao processo de tecnologia, aconteceu na sede da Embrapa (Empresa Brasileira de Produção Agrícola). Lá os conhecimentos se baseavam no uso da ciência para a melhoria da produção de grãos e sementes de diversos alimentos que chegam até nossas mesas. Produtos variados e com excelente qualidade de consumo, uma vez que não contêm agrotóxicos. Um dos destaques foi a produção de algodão colorido. Com essa técnica, obtida através de pesquisas genéticas pretende-se lançar no mercado um produto mais maleável para as indústrias e para a população, já que se evita o tingimento da fibra pelas indústrias têxteis.
As outras bases proporcionaram bastante diversão e entretenimento para os jovens, num clima saudável, amigável e repleto de alegria. A que causou mais agitação foi a de conhecimento, e prática, de esportes radicais. Junto com profissionais, os escoteiros aprenderam técnicas de pára-quedismo, escalada, rapel e de “skate” em miniatura. Coragem não faltou para a prática de escalada e rapel no muro de 40 metros. Além disso, exigia-se um preparo físico razoável. A dose extra de adrenalina se prolongaria até o DEFER, na base de prática de esportes em meio aquático, com direito a descida em corda à tirolesa e saltos nos trampolins.
Outras bases se voltaram para o intercâmbio cultural e para demonstração de dons artísticos, como na base de artes, onde os participantes puderam se expressar usando tintas e pincéis, personalizando e pintando suas camisetas do AJURI. Também confeccionaram brinquedos de material prático, para crianças carentes. Neste âmbito, ocorreu uma base que voltou-se à causa social, talvez a mais emocionante e sensível aos nossos corações. Tudo o que se tinha que fazer era dar um pouco mais de carinho àquelas pessoas carentes, de atenção e de sentimentos. Idosos e crianças, duas gerações diferentes, que juntos representavam o descaso social. As crianças estavam reunidas em centros apropriados de reabilitação como o Centro de Recepção e Triagem , em Taguatinga. Essa instituições, que abrigam idosos e crianças abandonadas e vítimas de maus tratos, contou com o apoio dos nossos membros juvenis que juntos proporcionaram momentos de lazer e alegria para estas pessoas.
Entre uma base e outra, o convívio com os demais escoteiros era essencial para o entrosamento de todo o acampamento, formalizando novas amizades e atrelando cada vez mais as antigas.
Para compensar todo desgaste do dia as refeições eram servidas em marmitas, práticas e bastante saborosas para aqueles que viviam intensamente o seu dia, repleto de atividades físicas.
Para aquecer e animar as noites, um conjunto de atrações nos mantinham unidos sob a lua cheia. Jogos noturnos, como a aventura da corrida de orientação, apresentações de talentos individuais sob forma de show. Que foi finalizado com o ritmo de alguns membros da banda “Vítimas Das Circunstâncias”. Destaque para o pioneiro Pablo Rodrigo, do 4º DF. O encerramento da noite foi ao calor do Fogo de Conselho, onde o culto pela paz foi o tema principal.
O acampamento chegava ao fim. No último dia o café da manhã foi especial e as atividades ficaram só para a desmontagem de campo. No encerramento, destacava-se a apresentação de um grupo local de capoeira que convidava todos a participar da energia que seus berimbaus e atabaques traziam.
Depois do arriamento final, ficaram os agradecimentos especiais a todos aqueles que contribuíram de alguma forma para a realização deste grande evento: os jovens participantes e aos chefes da comissão organizadora, com um agradecimento especial para os pioneiros, time no qual tivemos importantíssima participação, que proporcionaram a força dos trabalhos para o andamento e sucesso das atividades.
O AJURI foi uma experiência inesquecível para todos aqueles que durante quatro dias souberam valorizar os princípios do escotismo no amor e na amizade, para cultuar a soberania da Paz.
E ele já deixa saudades...Mas daqui a 4 anos tem mais!É esperar para ver.
SEMPRE ALERTA!!!
Tamara Ribeiro
Mensagem aos Pais
“Pai,
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho,
Pois cada pessoa é única e não substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho,
Mas não vai só, nem nos deixa sós,
Leva um pouco de nós mesmos;
Deixa um pouco de si próprio.
Há os que levam muito, mas não há os que não levam nada
Existem os que deixam muito, mas não existem os que não deixam nada.
Essa foi, ou é, a lição que transmite o pai.
Feliz é aquele que, como você, transfere o que sabe
E aprende o que ensina.
Essa é a maior responsabilidade da vida, e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso.
Obrigado!
Feliz Dia dos Pais.”
Texto escrito pela guia Danielle Xaud, especialmente para a comemoração do dia dos Pais e gentilmente cedido à equipe de “O Cerrado”.
Explorando a Rede
A dica de “site” desta edição leva a uma página que está sendo construída por jovens e para jovens que são protagonistas em suas vidas.
Albert Einstein
Ruim de dar dó!
Essa é para ajudar aqueles leitores que estudam inglês...
CAN - Pergunta feita por quem tem amnésia: CAN sou eu?
CREAM - Roubar, matar: ele cometeu um CREAM.
VASE - Momento de jogada: agora é minha VASE.
YEAR - Deixar partir: ela teve que YEAR.
HAND - Entregar, dar por vencido: você se HAND?
FRENCH - Dianteira: saia da FRENCH, por favor.
YELLOW - Na companhia dela: saímos eu YELLOW.
O Escotismo no Ano Internacional da Cultura de Paz e Não-Violência
Durante todo este ano, tem sido muito comum ouvir-se falar do crescimento da violência, e isso não só por aqui. Cidadãos do mundo inteiro estão preocupados com a alarmante falta de perspectiva colocada a frente da humanidade por esta situação. E essa expressão de sentimentos das mais diversas culturas é muito bem canalizada por um importante organismo internacional, a UNESCO. Numa tentativa de conscientizar a população mundial, e porque não os governantes, para o perigo desse caminho baseado nas mais diferentes formas de violência, o ano 2000 foi escolhido como o Ano Internacional da Cultura da Paz. E dentro deste período, circulará, por todo o planeta, o Manifesto 2000.
O "Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não Violência" elaborado, com a cooperação da UNESCO, por um grupo de Prêmios Nobel da Paz como marco para a preparação do Ano Internacional da Cultura de Paz foi apresentado no dia 5 de março em Paris, na presença do Diretor-Geral da UNESCO, Federico Mayor, e de numerosas personalidades, como os ganhadores do Prêmio Nobel da Paz Maired Corrigan Maguire (Irlanda do Norte), Rigoberta Menchú Tum (Guatemala) e Adolfo Pérez Esquivel (Argentina).
A UNESCO compromete-se, como coordenadora do Sistema das Nações Unidas para a preparação do Ano Internacional da Cultura de Paz, a fazer circular o Manifesto 2000 por todo o mundo e apelar a todas as organizações, instituições e governos para que todos contribuam. O objetivo a ser alcançado é reunir 100 milhões de assinaturas até a realização da Assembléia Geral das Nações Unidas do milênio, que acontecerá em setembro do ano 2000.
Por isso, a participação do movimento escoteiro é muito importante. Se levarmos em conta que somos pelo menos 25 milhões de membros, nossa cooperação já rende pelo menos um quarto do total de assinaturas a ser atingido nessa campanha. Mas só o fato de assinar um papel não é o que importa, o que se espera é que o manifesto cumpra um objetivo maior: provocar uma tomada de consciência pelos cidadãos do mundo inteiro. Ao assiná-lo, as pessoas comprometem-se a passar adiante os valores da paz, da tolerância e da solidariedade e converter em realidade e cotidiano esses valores, as atitudes e os comportamentos que inspiram a cultura de paz.
E será que isto é pedir demais? Vejam o texto do Manifesto:
- Palavra do Chefe – leia anel de Gilwell e não anel de Guiwell
- Relato de Atividade – leia Nambykuara e não Nambiquara e em vez de percurso de gilwell, percurso de gilwell
- Desafio de Chacal – Resposta do 1º desafio: 2º lugar e não 1º. Resposta do 2º desafio: 1 hora e não 1h e 30min