História

História do 4º DF- Grupo Escoteiro Marechal Rondon

No dia 10 de agosto de 1968, em festividade no Parque Nacional de Brasília (Água Mineral), mais precisamente na casa numero 03, através da abnegação de homens preocupados com o futuro da juventude brasiliense, foi fundado um Grupo Escoteiro. Como não poderia de ser, seus fundadores escolheram Marechal Rondon como seu patrono, e o nome ficou sendo Grupo Escoteiro Marechal Rondon Florestal, recebendo da UEB, quando do registro, o numeral 04/DF. 

Nomes como MANOEL FORTUNATO DE MELO, JOSÉ PALMA FILHO e JOÃO JOSÉ CERVEIRO DOS SANTOS NUNES lançaram a pedra fundamental do Amor, da dedicação e do servir o próximo, que se tem perpetuado ao longo destes anos. O Grupo, que se iniciou com, aproximadamente, trinta membros juvenis, hoje conta com cerca de cento e vinte jovens, dedicados a consolidar a idéia que deu certo, o que, ao longo dos anos, tem se constituído em motivo de orgulho para o escotismo do Distrito Federal. 

Ainda em 1968, quando pouco ou quase pouco se falava em Ecologia, estava o Grupo Escoteiro Marechal Rondon comprometido com a conservação e a defesa do Meio Ambiente.

Em 1969, por motivo de ordem administrativa, o Grupo transeferiu sua Sede para a SQN 104, mantendo os mesmos ideais que forjaram o coração de seus membros, desde a sua fundação.

Ao sair do Parque, agregou-se a esses ideais o espírito de servir à comunidade, comemorando-se o primeiro Aniversário do Grupo com grandes perspectivas de crescimento.

Em 1970 o Grupo se viu obrigado a mudar o local de sua Sede, por duas vezes. A primeira, saindo da SQN 104 e indo para o Colégio São José, na 102 Norte. Depois, para a casa do Ceará, na 910 Norte, onde comemorou seus segundo e terceiro aniversário.

Em Maio de 1974, acolhido e patrocinado pela Loja Maçônica Atlântida nº 06, e apoiado pela Grande Loja Maçônica de Brasília, o Grupo se transferiu para a 909 Norte, onde permanece até hoje, na sua quinta Sede.

Em 1978, o Grupo Escoteiro Marechal Rondon, devidamente autorizado pela UEB/Direção Nacional, iniciou o processo de co-educarão em nível de Alcatéia e Clã Pioneiro Misto experimental. Desde então vem contando com a participação de elementos juvenis femininos.

Em 1980 passou a receber as primeiras escoteiras e em seguida as Guias.

Até Março de 1990, o Grupo Escoteiro conheceu um intenso crescimento, em todos os aspectos de sua vida escoteira. Foram centenas de atividades, locais, regionais e internacionais, em que o Grupo Escoteiro deixou gravada, indelevelmente, a marca do escotismo brasiliense. Centenas de jovens e adultos por aqui passaram, e muitos ainda permanecem, deixando, através de seu trabalho, sua dedicação e seu espírito escoteiro, um verdadeiro testamento de amor por essa obra, que tem sido de TODOS, PARA TODOS E ATRAVÉS DE TODOS.

Mas nem tudo são flores. A vida nos prepara artimanhas, como que para testar a nossa perseverança, a nossa capacidade de superação e o nosso espírito de sobrevivência. No dia 17 de março de 1990 mãos criminosas tentaram fazer com que nossos sonhos se esvaíssem, na fumaça negra de um incêndio. Parte daquilo por que tanto tínhamos lutado foi destruído em poucos minutos. Toda uma vida de esforços e trabalho parecia ter chegado ao fim. A nossa História ficou soterrada sob os escombros e a cinza negra da incompreensão de mentes criminosas.

Porém, o sonho, quando é forte, não morre. Quando uma pessoa sonha, é pura imaginação. Quando duas pessoas sonham, pode ser pura coincidência. Mas, quando toda uma comunidade sonha, esse sonho transforma-se numa realidade tão forte, que não pode ser destruída. A fé remove montanhas. E das cinzas, o sonho, que parecia destruído, ressurgiu, mais forte do que nunca. E naquele momento de tristeza se transformou na antevisão de um futuro mais feliz. E as lágrimas derramadas sobre as cinzas regaram as sementes que geraram os frutos da nossa vitória. Grandes irmãos e irmãs escoteiras estiveram conosco nesta jornada. E para nós ainda está bastante vivo, em nossas memórias, aquele momento em que, lamentando nossas perdas, recebemos das mãos do Chefe Rubem Suffert a pá com que foram removidos os primeiros escombros, descortinando-se uma enorme janela para o futuro. Foi com essa pá que reiniciamos a nossa caminhada e reacendemos, em nossos corações, a chama viva do espírito escoteiro.

Hoje, com a Graça de DEUS, e com a ajuda de todos, o Grupo Escoteiro Marechal Rondon, 4 DF, pode prosseguir o seu caminho, orientando o jovem na formação de seu caráter, que é o maior patrimônio que podemos lhe legar, na construção do perfil de cidadania da futura geração de homens e mulheres livres. Livres, não de correntes das senzalas, mas da preconceitos e amarras culturais, que impedem o seu pleno desenvolvimento, como seres humanos integrais.

Os esforços foram muitos, campanhas, bingos dançantes, rifas, doações, enfim, procurou-se todas as alternativas possíveis, para o renascer do Grupo. Finalmente, no dia 10 de Agosto de 1991, dia em que o Grupo completava 23 anos de existência, a Comissão Executiva entregou a nova Sede, na qual estamos até hoje.